Diagnóstico por imagem para endometriose

Diagnóstico por imagem para endometriose
Vamos falar com vocês sobre um assunto que interessa muito para as pacientes com endometriose, principalmente aquelas que também são tentantes e para os médicos que tratam a endometriose.
Em agosto de 2024, as principais sociedades de medicina reprodutiva e endometriose publicaram um consenso no Ultrasound Obstet. Gynecol (White Journal). Este estudo destaca o impacto dos métodos de diagnóstico não invasivos, como a ultrassonografia e a ressonância magnética, no diagnóstico da endometriose. Com isso, os especialistas reforçam a importância desses avanços para o cuidado das pacientes.
Esse tema torna-se essencial porque a evolução dos recursos de imagem, especialmente com a ultrassonografia aprimorada pelo Doppler, angiografia digital e ultrassonografia 3D, transforma o diagnóstico em ginecologia. Essas novas tecnologias, portanto, oferecem uma visão precisa, aumentando as chances de diagnósticos corretos e rápidos.
Diagnosticar a endometriose, no entanto, continua sendo um desafio. Os sintomas variam amplamente, o que dificulta a identificação. Além disso, realizar o diagnóstico definitivo exige visualização direta da doença e o exame histopatológico (biópsia) da área suspeita por videolaparoscopia. Em outras palavras, a confirmação do diagnóstico depende de uma série de procedimentos cuidadosos.
Esse artigo baseia-se em evidências científicas e reflete as práticas que adotamos diariamente na clínica Embrionar. Ele indica os benefícios práticos da ultrassonografia no tratamento moderno da endometriose, especialmente para pacientes que também enfrentam infertilidade.
O consenso recomenda a ultrassonografia transvaginal como ferramenta de primeira linha no diagnóstico da endometriose. Por ser amplamente acessível, essa técnica oferece excelente desempenho e custo-eficácia. Quando comparada com a laparoscopia, ela também apresenta baixo impacto ambiental, destacando-se como uma escolha prática e sustentável.
A ultrassonografia, além disso, revela-se muito eficaz para diagnosticar endometriose em regiões profundas, nos ovários, na bexiga e no reto. Com sua utilização, conseguimos reduzir o tempo necessário para o diagnóstico, o que beneficia diretamente os pacientes e melhora a eficiência dos tratamentos.
A ultrassonografia também fornece informações precisas para ginecologistas e especialistas em reprodução humana. Assim, ela auxilia na tomada de decisão quanto ao tratamento da endometriose associada à infertilidade. Dessa forma, ajuda a responder uma pergunta fundamental:
Quando operar e quando encaminhar para fertilização in vitro?
Por outro lado, o artigo também destaca que muitos centros preferem a ressonância magnética (RM) como método de primeira linha. De acordo com a revisão, a RM é mais eficaz no diagnóstico de endometriose localizada no paramétrio e no sigmoide. Além disso, esse método auxilia na avaliação pré-operatória, especialmente útil em casos que exigem intervenção cirúrgica.
Individualizar as abordagens torna-se fundamental. Além disso, saber onde realizar esses exames é igualmente importante, pois a experiência do médico afeta diretamente os resultados. O médico assistente deve sempre avaliar cuidadosamente qual técnica ou combinação de técnicas é mais adequada para cada paciente.